Plantas medicinais: atividade na Mata de Santa Genebra
Neste sábado, a Mata de Santa Genebra abre espaço para um encontro prático sobre plantas medicinais, conduzido por alunos de graduação e pós-graduação da Unicamp. A atividade, pensada para o público em geral, vai abordar identificação, formas adequadas de preparo e cuidados no uso dessas espécies, numa manhã que mistura ciência e vivência ao ar livre.
O que acontece na atividade sobre plantas medicinais
A proposta é clara: mostrar, na prática, como reconhecer e utilizar duas plantas populares — a melissa e a erva-cidreira brasileira — e explicar, de maneira acessível, os riscos e benefícios de cada uma. A apresentação inclui orientações sobre colheita, secagem e preparo de infusões, com atenção especial à segurança no uso doméstico.
Quando e onde
A atividade será realizada no dia 29 de novembro, das 9h às 11h, na Mata de Santa Genebra, situada na rua Mata Atlântica, 447, Bosque de Barão Geraldo, em Campinas. Não é necessária inscrição prévia; os organizadores recomendam chegar com cerca de 10 minutos de antecedência.
Quem promove e qual o objetivo
O encontro surge de uma parceria entre a Fundação José Pedro de Oliveira (gestora da Mata) e a Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp. O objetivo principal é orientar a população para o reconhecimento correto das espécies e para formas seguras de preparo, reduzindo o uso inadequado e promovendo o conhecimento local e científico.
Por que atividades sobre plantas medicinais importam
O interesse por plantas medicinais vem crescendo na sociedade, entre praticantes de remédios caseiros e também entre pessoas que buscam alternativas complementares à medicina convencional. Eventos como este conectam saberes: a tradição popular, muitas vezes transmitida em famílias, e o conhecimento técnico produzido nas universidades.
Quando conduzidos com responsabilidade, esses encontros ajudam a desmistificar mitos — por exemplo, que todo chá é sempre inofensivo — e a informar sobre interações medicamentosas, dosagens e contraindicações. A leitura crítica e a orientação técnica são essenciais para transformar curiosidade em cuidado.
O que você verá e aprenderá
- Identificação visual das plantas no habitat natural;
- Como fazer preparo seguro para uso em forma de chá e compressa;
- Informações sobre propriedades terapêuticas e limites de eficácia;
- Cuidados com possíveis interações medicamentosas e reações adversas;
- Roteiro de visita leve até o Borboletário como complemento educativo.
Quem pode participar
A atividade é aberta ao público e atrai tanto curiosos leigos quanto estudantes e profissionais da área de saúde interessados em botânica aplicada. Não há exigência de formação específica — basta interesse e disposição para caminhar por trilhas leves.
Recomendações práticas
Use calçados confortáveis e roupa adequada para trilha curta; leve água e protetor solar. Como a atividade envolve observação no ambiente natural, evite uso de produtos que possam atrapalhar o contato com as plantas (cheiros fortes, por exemplo) e respeite limites de circulação demarcados pela gestão da reserva.
Contexto científico e conservação
Programas de educação ambiental em unidades de conservação urbanas cumprem papel duplo: além de difundir conhecimento sobre plantas medicinais, reforçam a importância da conservação de áreas verdes enquanto laboratório vivo. A Mata de Santa Genebra é um exemplo de ARIE (Área de Relevante Interesse Ecológico) que combina preservação e atividades educativas.
Para quem deseja aprofundar, há materiais e guias produzidos por instituições como a Fiocruz e a Unicamp sobre uso racional de plantas medicinais, farmacognosia e etnobotânica — referências úteis para quem quer ir além da vivência introdutória. (Veja, por exemplo, publicações da Fiocruz e informações sobre saúde pública no Ministério da Saúde.)
Palavras finais
Participar de uma manhã dedicada às plantas medicinais na Mata de Santa Genebra é, acima de tudo, um convite: ao reconhecimento do cuidado que a natureza oferece e à responsabilidade de usá-lo com conhecimento. Para quem vive em Campinas e região, é oportunidade de aprender com quem pesquisa e, ao mesmo tempo, fortalecer o vínculo com um dos espaços verdes mais importantes da cidade.
Se pretende ir, chegue cedo, respeite as orientações dos monitores e aproveite a caminhada — o Borboletário funciona como um final doce para a manhã, unindo a observação da flora ao espetáculo silencioso das borboletas.









