Professor da Unicamp assume cadeira no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável

O economista Pedro Rossi, docente do Instituto de Economia da Unicamp, acaba de assumir uma posição estratégica no Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), após ser nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o mandato de 2025 a 2026. A posse foi realizada na última terça-feira (5), em Brasília, durante a quinta plenária do colegiado, no Palácio do Itamaraty.

Criado para articular propostas de longo prazo voltadas ao fortalecimento do país, o CDESS reúne vozes da sociedade civil, lideranças empresariais e acadêmicas em torno de temas como democracia, justiça social, sustentabilidade e inovação. Para Rossi, o espaço é mais que um fórum de ideias. “O Conselhão é uma arena de governança e representação, fundamental para que o Brasil construa uma agenda sólida e inclusiva de desenvolvimento de longo prazo”, afirmou.

Segundo o economista, o país enfrenta um período desafiador, marcado por transformações globais profundas e pela necessidade de reposicionar o Estado como protagonista da política econômica. “Durante a globalização financeira, o Brasil perdeu instrumentos importantes para induzir o crescimento. Precisamos recompor essas ferramentas e nos preparar melhor para a nova ordem mundial que está surgindo”, pontuou.

Rossi também destacou que a questão central do desenvolvimento não está na escassez de recursos, mas sim em sua má distribuição. “As limitações que enfrentamos são de natureza política. O Brasil precisa reorientar sua estrutura econômica com foco na inclusão social e expansão da infraestrutura em áreas essenciais como logística, meio ambiente e serviços públicos”, reforçou.

Sua entrada no Conselhão acontece em um momento estratégico para o governo federal, que busca construir consensos em torno de um projeto nacional de desenvolvimento. A meta é apresentar esse plano na Conferência do Clima (COP‑30), marcada para novembro de 2025 em Belém (PA), alinhando crescimento econômico à transição energética e à justiça social.

Com essa participação, a expectativa é de que as contribuições do professor da Unicamp fortaleçam o papel da academia na formulação de políticas públicas e ampliem o diálogo democrático sobre o futuro do país.

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