Lula e Trump mantêm diálogo amistoso e evitam Bolsonaro-1

Lula e Trump mantêm diálogo amistoso

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Lula e Trump mantêm diálogo amistoso, sem citar Bolsonaro

Em um tom cordial e com promessa de continuidade, Lula e Trump mantiveram nesta segunda-feira (6 de outubro de 2025) uma conversa amistosa, sem que nenhum dos dois mencionasse o nome de Jair Bolsonaro diretamente. Segundo fontes próximas ao governo brasileiro, o encontro eletrônico durou cerca de 30 minutos e teve caráter exploratório — mais diálogo do que definição de compromissos.

A troca entre os presidentes reforçou o gesto diplomático e abriu caminho para um reaproximação cautelosa entre Brasil e Estados Unidos.


Contexto atual das relações Brasil-EUA

A crise diplomática latente

Nos últimos meses, a relação entre Brasil e Estados Unidos passou por momentos delicados. A imposição de tarifas elevadas sobre produtos brasileiros e sanções direcionadas a autoridades do país geraram forte desconforto em Brasília.

Em particular, o governo dos EUA associou tais medidas ao processo judicial que levou à condenação de Bolsonaro, o que contribuiu para agravar desalinhamentos diplomáticos.

Encontro encenado em Nova York

A aproximação entre Lula e Trump já havia sido sinalizada durante a Assembleia Geral da ONU, quando os dois se cruzaram nos bastidores e Trump mencionou uma “química excelente” entre ambos.

Esse momento serviu como ponte para a conversa desta segunda, que oficialmente teve caráter amistoso e preparatório.


Bastidores da conversa: tom, pautas e ausências

Tom descontraído e estratégico

Fontes governamentais relatam que Lula adotou uma postura aberta e sem hostilidades, afirmando inclusive que “não tem inimigos”. Trump, por sua vez, mencionou que sim tem adversários em suas disputas cotidianas.

Ambos líderes procuraram sinalizar disponibilidade para retomar o canal diplomático, embora cientes das tensões acumuladas.

Pautas levantadas — e evitadas

No decorrer da conversa, Lula solicitou a retirada de tarifas dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros e o fim das sanções que atingem autoridades nacionais.

Contudo, nenhum dos dois mencionou Bolsonaro ou o ministro Alexandre de Moraes diretamente.

Há quem interprete essa omissão como parte de uma estratégia deliberada: não exacerbar resistências ou tensionar mais a relação em um momento ainda frágil.

Quem participou e quem conduzirá os próximos passos

Do lado brasileiro, acompanhavam Lula os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Mauro Vieira (Itamaraty), além de assessores próximos.

Do lado americano, o presidente Trump delegou ao seu secretário de Estado, Marco Rubio, a coordenação das negociações futuras.

Além disso, ficou acertado que haverá um encontro presencial em breve — possivelmente em eventos como a Cúpula da ASEAN ou mesmo na COP-30 em Belém.


Reações e implicações políticas

Como reagiram os bolsonaristas

A ala bolsonarista reagiu com ceticismo à conversa. O advogado Fábio Wajngarten afirmou que uma simples ligação não altera a realidade política: “não quer dizer absolutamente nada”.

Já o influenciador Paulo Figueiredo criticou que o avanço seria mínimo, citando que Trump escolheu Marco Rubio para liderar as negociações — sem participação direta de Bolsonaro.

O que esperar daqui para frente

Analistas avaliam que o encontro sinaliza disposição mútua para reaproximação, ainda que cautelosa. A depender das medidas concretas que vierem a ser tomadas, o diálogo pode evoluir ou esbarrar em obstáculos institucionais.

Para Brasília, o momento é de diplomacia calculada: recuar diante de pressões pode ser visto como fraqueza, mas avançar sem garantias pode gerar desgastes internos.


Perspectivas para a relação Brasil-Estados Unidos

Possível remoção de tarifas

Se o sinal político se converter em ação, o Brasil pode obter a remoção das tarifas que afetam suas exportações — uma reivindicação central para o governo Lula.

Sanções e reciprocidades

Além das tarifas, as sanções sobre autoridades brasileiras serão objeto de intenso debate. Lula já solicitou explícita reversão desses atos.

Caso Washington resista, Brasília poderia adotar medidas de reciprocidade simétricas — embora sempre no âmbito diplomático.

O protagonismo brasileiro e a agenda diplomática

O Brasil tem movimento internacional importante pela frente: receberá a COP-30, pleiteia liderança em pautas ambientais e deseja fortalecer relações com países da Ásia e África. Nesse cenário, restaurar o equilíbrio com os Estados Unidos é estratégico.

Para isso, será essencial converter o simbolismo da conversa entre Lula e Trump em efeitos concretos, respeitando os limites institucionais e soberanos.

Fontes:
CNN Brasil

VEJA+2The Guardian+

Metrópoles

Resumo da Matéria com nosso âncora IA Barão (AGUARDE CARREGAR O VÍDEO)

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