Leilão do pré-sal: Petrobras e Equinor lideram rodada
O mais recente leilão do pré-sal, promovido pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta quarta-feira, 22 de outubro de 2025, movimentou o setor de energia no Brasil. Cinco dos sete blocos ofertados foram arrematados, e as gigantes Petrobras e Equinor se destacaram como principais vencedoras, consolidando o interesse internacional no potencial petrolífero brasileiro.
Resultados expressivos e disputa acirrada
O leilão, realizado sob o regime de partilha de produção, ofereceu sete áreas nas bacias de Campos e Santos. Dessas, cinco receberam ofertas, totalizando investimentos previstos de aproximadamente R$ 452 milhões e bônus de assinatura de R$ 103,7 milhões.
O ágio médio – percentual de óleo excedente ofertado à União – foi de 91,2%, com um dos blocos alcançando um impressionante 251,63%, demonstrando o alto nível de competição entre as empresas participantes.
Petrobras e Equinor protagonizam a rodada
A Petrobras consolidou sua liderança ao arrematar o bloco Citrino, na Bacia de Campos, oferecendo 31,19% de óleo excedente à União — o maior lance do certame. Em parceria com a Equinor, a estatal também venceu o bloco Jaspe, com proposta de 32,85% de óleo excedente.
A Equinor, por sua vez, levou sozinha o bloco Itaimbezinho, reforçando sua presença nas águas profundas brasileiras e a estratégia de longo prazo da empresa no país.
Outras companhias também marcaram presença, como a australiana Karoon Energy e o consórcio formado pelas chinesas CNOOC Petroleum e Sinopec, que garantiram áreas com potencial exploratório significativo.
Blocos sem ofertas e perspectivas futuras
Nem todas as áreas despertaram interesse imediato. Os blocos Larimar e Ônix ficaram sem lances e devem ser reofertados em futuras rodadas. Mesmo assim, a ANP classificou o resultado como “um sucesso”, destacando não apenas a arrecadação, mas também a perspectiva de geração de empregos e de arrecadação futura com óleo e royalties.
Importância estratégica para o Brasil
O leilão do pré-sal reforçou a atratividade do Brasil no cenário global de energia. Apesar das oscilações nos preços internacionais do petróleo, o país mantém um ambiente competitivo e seguro para investimentos de longo prazo, especialmente no setor de águas ultraprofundas.
Para o governo, o resultado representa um avanço na política de exploração do pré-sal, com impacto direto na arrecadação federal e no desenvolvimento da cadeia produtiva de petróleo e gás.
Desafios para os próximos anos
As empresas vencedoras deverão agora cumprir obrigações contratuais e ambientais, além de viabilizar os investimentos prometidos. A assinatura dos contratos está prevista para 29 de maio de 2026, com início das atividades de exploração na sequência.
A ANP já anunciou que pretende realizar o 4º ciclo da Oferta Permanente de Partilha da Produção (OPP) em 2026, com até 26 blocos em disputa, reforçando o compromisso com a expansão da produção de petróleo no país.
Conclusão
O leilão do pré-sal confirmou que o Brasil continua sendo um dos destinos mais promissores para investimentos no setor de energia. A atuação decisiva da Petrobras e da Equinor, aliada ao interesse de novas empresas estrangeiras, mostra que o pré-sal segue como um pilar estratégico da economia nacional e uma das principais fontes de receita e inovação tecnológica no país.
Crédito: Fonte original – Estadão









