Uma forte chuva que caiu entre a madrugada e o início da tarde de sábado envolveu Campinas e causou diversas ocorrências de quedas de árvores em Campinas, espalhadas por vários bairros da cidade. Apesar da intensidade, os ventos não se mostraram extremos e, por isso, os danos não chegaram a níveis graves — não houve feridos e nem prejuízos de grande monta foram constatados.
Volume de chuva e condições de atenção
Segundo dados da Defesa Civil de Campinas, no período de 24 horas foram registrados cerca de 30,5 milímetros de chuva — o equivalente a 30,5 litros por metro quadrado. A partir desse volume, a cidade passou a constar em estado de observação, com equipes em alerta para novas ocorrências.
Bairros atingidos e relatos de moradores
As quedas de árvores em Campinas foram registradas em locais como:
- Avenida Palmital, no bairro Jardim Flamboyant;
- Rua Doutor Mário de Nucci e Rua Américo de Campos, ambos no bairro Cidade Universitária, distrito de Barão Geraldo;
- Rua Açaí, no bairro das Palmeiras;
- Rua Francisco de Assis Pupo, na Vila Industrial.
Em um dos casos mais visíveis, o desabamento de um ipê-amarelo de cerca de 20 metros de altura, com 28 anos de idade, ocorreu na Rua Dr. Mário Nucci. A árvore caiu sobre fios de energia e internet e derrubou um poste de concreto. A moradora, que havia plantado a árvore em 1997, relatou ter ouvido o forte impacto por volta das 5 horas da manhã e ficou assustada com a queda.
Interrupção de tráfego e rede elétrica
No trecho da rua atingida pelo ipê, o tráfego de veículos foi interrompido até que a árvore fosse removida — a liberação do trecho se deu apenas por volta das 14 h, após o corte e retirada dos galhos. Em outro caso, na Avenida Palmital, uma árvore de cerca de 30 metros de altura que ficava em frente à Praça Ópera Condor foi derrubada. Felizmente, não houve feridos nem danos maiores nesse episódio e os resíduos foram retirados antes das 11.
Causa meteorológica e ação preventiva
Segundo o meteorologista Bruno Bainy, do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Universidade Estadual de Campinas, as condições para o episódio de chuva estão associadas à passagem de um ciclone extratropical pela costa da Região Sudeste, o que gerou o cenário propício para precipitação concentrada, ainda que os ventos não tenham sido intensos.
Mobilização da prefeitura e plano de ações
A prefeitura de Campinas informou que a Operação Chuvas de Verão 2025-2026 já teve início, embora a ativação oficial esteja marcada para 1º de dezembro. As medidas antecipadas incluíram limpeza de galerias e bocas de lobo, vistoria em áreas vulneráveis e execução de ações comunitárias no distrito de Sousas — uma das regiões historicamente mais suscetíveis a alagamentos.
Importância do monitoramento e das medidas emergenciais
A presença de quedas de árvores em Campinas durante este episódio ressalta a importância do monitoramento continuado da vegetação urbana e da infraestrutura elétrica em dias de chuva. A integração entre Defesa Civil, serviços municipais e moradores se mostra crucial para reduzir riscos — e a adoção de alertas e protocolos de atuação prévia ajuda a mitigar os impactos.
Considerações finais para a população
Embora o volume de chuvas tenha sido significativo e tenha gerado atenção especial, os efeitos observados limitam-se a quedas localizadas de árvores e interrupções pontuais de serviços — e não a cenários de desastre. Mesmo assim, a situação serve de alerta: a drenagem urbana, a poda preventiva de árvores, o controle de fios e postes e a preparação do sistema de resposta emergencial precisam ser mantidos com rigor.
Para quem reside em áreas com vegetação densa ou antiga, recomenda-se atenção redobrada em dias de chuva: evite estacionar veículos sob árvores, desligue aparelhos elétricos do chão, monitore boletins de previsão do tempo e siga instruções da Defesa Civil caso placas de risco ou alertas sejam emitidos.
Leitura complementar
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